sexta-feira, 22 de maio de 2009

“Crepúsculo” de Stephenie Meyer


Num daqueles dias Fnac, dedicados às pessoas que possuem o respectivo cartão e que beneficiam de um desconto especial em todos os produtos, lá me dirigi com intenção de comprar o computador que a minha filha tanto queria e lhe estava prometido desde o seu aniversário.

Não julguem que sou pessoa de protelar promessas, não, nada disso. O computador é que não havia ainda chegado a Portugal e, por coincidência, chegou nesse dia.

Ora foi mesmo como juntar sopinha no mel e toca de ir comprar o computador (caríssimo, devo dizer) usufruindo do referido desconto.

Bom, como já viram, nada disto se refere ao título do post. Mas tenham calma que já lá vamos.

Enquanto o meu marido e a minha filha se deliciavam a ver o computador sob os seus diversos ângulos e a pedirem informações (que julgo já possuíam) sobre o mesmo eu, qual zombi possuído pelas maléficas forças livrescas, fui-me deslocando para as prateleiras que ostentavam os dez livros mais vendidos ali.

A sua maioria já conhecia. Contudo, o que realmente me surpreendeu, foi encontrar nos dez mais, TRÊS da mesma autora! E logo uma autora de quem eu nem sequer havia ouvido falar; Stephenie Meyer.

Está claro que não havia mesmo nada a fazer. Rapidamente, para não me ausentar por muito tempo do resto da família verifiquei, cronologicamente, qual era o primeiro e trouxe-o sem mesmo ler nem sinopse, nem comentários, nem nada.

A curiosidade foi tanta que, mais uma vez, furou a fila toda dos livros que aguardam ser lidos e comecei-o logo que acabei os que ofereci aos afilhados.

(Apenas um aparte, não gosto de oferecer livros, sobretudo a jovens ou/e adolescentes que não tenha lido primeiro. Não tanto por medo da inadequação do conteúdo mas pela forma como é tratado, podendo mesmo vir a provocar desinteresse, comprometendo futuras leituras).

Já o acabei.

Sinceramente, mais uma vez não consigo entender todo este fenómeno de popularidade. Reconheço que se destinará sobretudo a um público jovem, o que não é o meu caso, mas, mesmo assim, ultrapassa a minha capacidade de compreender o prodígio.

Em termos de qualidade de escrita, não tenho propriamente reparos a fazer. É de linguagem e construção simples, sem exigências, mas com a qualidade requerida.

As personagens, quanto a mim o melhor do livro, estão bastante bem caracterizadas e bem trabalhadas nas suas especificidades (também não seria muito complicado…).

O enredo, esse, desiludiu-me. Por um lado, reconheço que por culpa minha, não fazia a mínima ideia que ia ler um livro sobre vampiros (o que até gosto). Nem li os comentários (nem mesmo em casa antes de iniciar a leitura), nem associei a nenhum filme (Twilihgt) que, aparentemente, também deu brado. Devo dizer que sou muito mais distraída no que diz respeito a cinema do que a literatura…

Após apreendido o mote, que devo dizer não foi logo de imediato, achei o seu desenvolvimento muito morno, pouco desenvolto, sem grande capacidade de agarrar o leitor como é, normalmente, apanágio de livros que tratam de temas similares. Enfim, lá fui empurrando a leitura através daquele romance impossível até que, aí a um terço do final, começou afinal a provocar em mim alguma adrenalina e a apetecer-me continuar a leitura sem que fosse já uma relativa maçada.

Assim continuou até ao final, já com algum interesse sem na minha opinião justificar, e repito, apesar dessa melhoria, essa popularidade desenfreada que suscitou.

Confesso que fiquei com vontade de comprar a sequela, que não sei qual é, dado que já vi mais dois da mesma autora. Gosto de dar o benefício da dúvida. No segundo confirmarei, ou não, as ilações que tirei deste.

Ou então concluirei que estou a ficar demasiado velha para estes romances que sempre me cativaram. Bram Stoker e o seu “Drácula”, Anne Rice e a sua “Entrevista com o vampiro”…

1 comentário:

  1. é verdade, Stephenie Meyer sabe escrever divinamente!

    adoro os livros dela.

    ResponderEliminar